Assistência Social

A assistência social é uma política pública, um direito social garantido pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS - Lei nº 8.742/93). Ela se destina a prover as necessidades básicas de indivíduos e grupos que se encontram em situação de vulnerabilidade social, sem que haja a necessidade de contribuição prévia.

Em outras palavras, a assistência social é um conjunto de ações do Estado e da sociedade civil que visam garantir a proteção social a quem dela necessitar, por meio da oferta de serviços, benefícios, programas e projetos. O objetivo principal é promover a autonomia, a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.

Os principais objetivos da assistência social incluem:

  • A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.

  • O amparo às crianças e adolescentes carentes.

  • A promoção da integração ao mercado de trabalho.

  • A habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.  

  • A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família (Benefício de Prestação Continuada - BPC).  

A assistência social no Brasil se organiza principalmente através do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que possui:

  • Proteção Social Básica: Ações de caráter preventivo, voltadas para o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

  • Proteção Social Especial: Atendimento a indivíduos e famílias que já tiveram seus direitos violados ou estão em situação de maior vulnerabilidade, como os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e serviços de acolhimento.

Em resumo, a assistência social é essencial para garantir os mínimos sociais e promover a dignidade humana para aqueles que mais precisam.

O papel das ONGs

As Organizações Não Governamentais (ONGs) desempenham um papel crucial e multifacetado na assistência social, complementando e, em muitos casos, expandindo a atuação do Estado. Suas principais contribuições incluem:

  1. Suprimento de Lacunas: As ONGs frequentemente atuam em áreas e com populações que não são totalmente atendidas pelas políticas públicas governamentais. Elas conseguem chegar a comunidades mais remotas ou lidar com necessidades específicas de grupos vulneráveis de forma mais direcionada e flexível.

  2. Inovação e Flexibilidade: Por terem menos burocracia que o setor público, as ONGs podem inovar em suas abordagens e adaptar-se rapidamente a novas demandas e contextos sociais. Elas podem testar modelos de intervenção que, se bem-sucedidos, podem influenciar políticas públicas.

  3. Mobilização e Engajamento da Sociedade Civil: As ONGs mobilizam voluntários, doadores e outros atores da sociedade civil, fomentando a participação cidadã e a solidariedade. Isso fortalece o tecido social e a capacidade de resposta às necessidades da população.

  4. Defesa de Direitos e Advocacy: Muitas ONGs atuam na defesa dos direitos de grupos vulneráveis, denunciando violações, pressionando por políticas mais justas e inclusivas e oferecendo apoio jurídico e social.

  5. Atendimento Especializado: Algumas ONGs se especializam em áreas específicas da assistência social, como atendimento a pessoas com deficiência, crianças e adolescentes em situação de risco, idosos, pessoas em situação de rua, dependentes químicos, entre outros, oferecendo um conhecimento e uma abordagem mais aprofundados.

  6. Parceria com o Governo: Embora sejam entidades independentes, as ONGs frequentemente estabelecem parcerias com órgãos governamentais para a execução de programas e projetos sociais, potencializando o alcance e a efetividade das ações.

Em resumo, as ONGs são parceiras importantes do Estado na concretização da política de assistência social, contribuindo com sua expertise, flexibilidade, capacidade de mobilização e foco em necessidades específicas, fortalecendo a rede de proteção social e promovendo a cidadania.

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